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Nesta sexta-feira, 19 de julho de 2024, um apagão tecnológico global causou o caos em diversos setores, incluindo transporte aéreo, serviços bancários e de emergência. Especialistas já consideram este evento como o maior apagão de TI da história. Diversas operações foram suspensas ao redor do mundo, afetando milhões de pessoas.
O presidente da Tesla, Elon Musk, descreveu o incidente como “a maior falha de TI de todos os tempos” em suas redes sociais. Dados da Cirium indicam que aproximadamente 4.295 voos foram cancelados, representando 3,9% dos serviços regulares. As companhias aéreas Delta e United Airlines suspenderam todas as suas operações, e vários aeroportos relataram atrasos significativos.
Além do setor aéreo, o apagão afetou também os sistemas bancários e televisivos. A bolsa de valores de Londres e linhas de trem no Reino Unido foram impactadas, e a Sky News ficou fora do ar. Nos Estados Unidos, a polícia do Alasca reportou falhas nas linhas de emergência, com muitos call centers de 911 operando de forma inadequada.
A empresa de segurança cibernética Crowdstrike, identificada como a responsável pelo software defeituoso, afirmou que já realizou os reparos necessários, mas que a normalização completa dos sistemas pode levar tempo. O CEO da empresa, George Kurtz, garantiu que seus clientes permanecem protegidos, mas alertou para os desafios no restabelecimento dos serviços.
A Crowdstrike esclareceu que o problema não se trata de um ataque cibernético, mas sim de um defeito em uma atualização de sistema para servidores Windows. A Microsoft, envolvida na questão, recomendou reiniciar os sistemas afetados repetidamente até que voltem a funcionar normalmente.
O impacto foi mais severo na Europa, onde diversos aeroportos, como o de Amsterdã, Sydney e Berlim, enfrentaram atrasos e dificuldades operacionais. Nos Estados Unidos, as principais companhias aéreas interromperam todos os seus voos, com exceção dos que já estavam no ar.
O apagão também afetou hospitais e sistemas de saúde, especialmente na Europa, onde muitos estabelecimentos passaram a operar manualmente devido à impossibilidade de acessar registros médicos digitalmente. No Reino Unido, apenas casos urgentes estão sendo atendidos, e cirurgias eletivas foram canceladas em alguns hospitais alemães.
Este incidente demonstra a fragilidade da infraestrutura digital global e a importância de medidas robustas de segurança cibernética para prevenir futuros apagões de tal magnitude.