Jornal RDR inicia série de reportagens sobre a crise hídrica em Goiás

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O Jornal RDR traz informações detalhadas sobre um dos recursos mais essenciais e finitos: a água. A nova série de reportagens busca esclarecer aspectos técnicos sobre a exploração e a preservação desse bem, que exige cuidados especiais em meio à crise hídrica que assola o estado de Goiás e várias outras regiões do Brasil.
Para entender melhor a gravidade da situação, o Jornal RDR entrevistou o biólogo Douglas Elias Santos, da Saneago Regional Iporá. Segundo o especialista, a crise climática que impacta Goiás faz parte de um fenômeno global, e nenhum lugar escapa das suas consequências. “O que estamos enfrentando em Goiás é reflexo de mudanças climáticas que ocorrem em escala mundial. A combinação de longos períodos de estiagem e temperaturas elevadas, somada à ação humana, está pressionando nossos recursos hídricos de forma alarmante”, afirma Douglas.


Crise climática e seus efeitos na água


O biólogo explica que a seca prolongada em Goiás, que já dura meses, é resultado de alterações nos padrões de chuva, diretamente ligadas ao aquecimento global. A falta de precipitação regular, a evaporação intensa e o uso excessivo da água por parte da população e do setor agropecuário estão reduzindo os níveis de rios e mananciais, além de sobrecarregar os reservatórios subterrâneos.
“Há muito tempo se fala sobre a necessidade de adaptação e preservação, mas, agora, os efeitos são palpáveis. O Ribeirão Santo Antônio, por exemplo, praticamente secou, e estamos cada vez mais dependentes de alternativas emergenciais para abastecer a população”, destaca o biólogo.
O que podemos fazer?
Diante desse cenário, o cuidado com o consumo de água é urgente. Douglas Elias Santos alerta para a importância de pequenas ações diárias que podem fazer a diferença. “É necessário mudar nossos hábitos. Diminuir o tempo no banho, evitar lavar calçadas com mangueiras e reparar vazamentos rapidamente são atitudes simples, mas que têm um grande impacto na preservação do nosso bem mais precioso”, orienta.
O biólogo também ressaltou a necessidade de investimentos em tecnologias de captação e uso eficiente da água, além de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável. “É um esforço coletivo. Empresas, governo e cidadãos precisam agir juntos para mitigar os efeitos dessa crise. O momento de agir é agora”, conclui.