Estamos prestes a conhecermos os candidatos aos cargos de prefeito e vereador de nossos municípios. O segundo semestre de 2024 se avizinha. Época em que os debates se acaloram e ficam parecendo brigas. Mas o eleitor exigente e observador vai querer saber o que esses futuros candidatos irão propor em suas campanhas, visando contribuir com a melhora da qualidade de vida da população. E um tema que até recentemente não era levado a sério, precisará nortear os planos de governos futuros: “o enfrentamento das mudanças climáticas”.
Quais candidatos se comprometerão em orientar seu eventual governo por esse plano e em apresentar um projeto de médio e longo prazos para recuperar os caminhos naturais dos nossos córregos, ribeirões e rios? E sobre os alagamentos nas regiões baixas de nossas cidades? A problemática do calor, o que fazer para tentar amenizá – la?
No mês de maio a RDR entrevistou os pré – candidatos a prefeito de São Luís de Montes Belos e eles até que demonstraram interesse pelo tema. Vamos ver se irão manter essa intenção. Até porque temos três pontos que se alagam com facilidade: proximidades do Espelho D’água, bueiro sobre o Córrego Pau Furado na Avenida Hermógenes Coelho e Rua Rio da Prata, a região do Residencial Ipê e Vila Nova.
A cidade tem também a serra que a circula. Literalmente uma floresta que precisa ser preservada. Precisamos ter em mente que os problemas ambientais ocorrem nas cidades, nos bairros, nas casas das pessoas. E são os eleitores das cidades que vão escolher em outubro próximo seus prefeitos e vereadores.
O debate terá de ser sobre políticas concretas para ajudar a população a enfrentar as adversidades por conta das alterações climáticas. Nos últimos anos houve muita flexibilização de leis ambientais. Imagino que a partir de agora, além de não permitirmos flexibilização, precisamos cobrar das autoridades mais rigor com quem explora a natureza de forma irresponsável.
Justificativas para essa alteração de pensamentos não faltam. Uma delas é que o ano de 2023 foi o mais quente do planeta desde 1850. Dados do observatório europeu Copernicus mostram que os últimos meses foram os mais quentes já registrados globalmente. Parafraseando a jornalista Cileide Alves, “o mundo vive uma emergência climática”, daí a relevância de o mundo da política pensar em propostas para mitigar seus efeitos e para contribuir com a redução da emissão dos gases de efeito estufa. Tomara que desta vez os candidatos não prefiram só temas populares com suas soluções populistas de efeito midiático, mas de efetividade pífia. O Meio Ambiente precisa ser a bola da vez.
Foto: grupoescolar