A partir do próximo mês, os brasileiros enfrentarão um aumento na conta de luz, com um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. Essa mudança ocorre devido ao acionamento da bandeira tarifária amarela, conforme divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira (28).
A adoção da bandeira amarela é uma resposta à previsão de chuvas abaixo da média e ao aumento esperado no consumo de energia durante o período. Essa combinação de fatores exige o acionamento de usinas termelétricas, que possuem custos de produção mais elevados em comparação às hidrelétricas.
Este reajuste marca o fim de um período de 26 meses consecutivos de bandeira verde, que estava em vigor desde abril de 2022. O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado em 2015 com o objetivo de refletir o custo real da geração de energia para os consumidores, incentivando um uso mais consciente e a redução da necessidade de acionamento das termelétricas.
Aneel destaca que a combinação de chuvas escassas e altas temperaturas impacta diretamente os custos operacionais do sistema de geração de energia, tornando indispensável o uso das termelétricas para atender à demanda crescente.
O sistema de bandeiras tarifárias opera com três cores: verde, amarela e vermelha (com dois patamares), indicando diferentes níveis de custo para a geração de energia. A bandeira verde representa o menor custo, enquanto a vermelha indica os valores mais altos. O acionamento das bandeiras é calculado com base no risco hidrológico e nos preços da energia.
Com esse aumento, a Aneel espera que os consumidores estejam mais atentos ao consumo de energia, contribuindo para uma gestão mais eficiente dos recursos e minimizando a necessidade de acionamento das usinas termelétricas.
Reprodução