Em entrevista ao Jornal RDR, advogado e instrutor de autoescola defende que a segurança viária deve prevalecer sobre medidas que visem apenas reduzir custos no processo de habilitação.
Em entrevista concedida ao Jornal RDR, o advogado, empresário e instrutor de autoescola Dr. Robson destacou a importância da educação para o trânsito como ferramenta essencial para a formação de condutores responsáveis e conscientes. Segundo ele, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que a educação voltada ao trânsito deve ser implementada desde a pré-escola até o ensino superior, reforçando seu papel fundamental no desenvolvimento social e na prevenção de acidentes.
Dr. Robson manifestou preocupação com os projetos de flexibilização para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), enfatizando que a simplificação do processo não deve comprometer a segurança viária. O advogado comparou o sistema brasileiro ao de outros países, explicando que, nos Estados Unidos, a maioria dos estados exige carga horária mínima obrigatória para as aulas teóricas e práticas — além de contar com uma educação para o trânsito presente desde a infância, algo ainda distante da realidade brasileira.
O especialista também chamou atenção para os altos índices de acidentes de trânsito no país. De acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil ocupa a quarta posição entre os trânsitos mais violentos das Américas, registrando cerca de 35 mil mortes por ano e um gasto anual de aproximadamente R$ 56 milhões decorrente de acidentes.
Para Dr. Robson, a prioridade deve ser a preservação da vida e a segurança no trânsito, e não apenas a redução de custos no processo de habilitação. Ele ressaltou ainda o papel fundamental dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) na capacitação de novos motoristas e informou que o processo de habilitação permanece inalterado, até que novas discussões avancem na Câmara dos Deputados.








