No mês dedicado à conscientização sobre a Saúde Bucal, Novembro Vermelho, a odontóloga Juliane Coriolano Jesuino Vaz, especialista em Saúde da Família, concedeu uma entrevista exclusiva à rede diocesana de Rádio, onde alertou para a preocupante situação vivenciada no Brasil, com ênfase em Iporá e região Oeste de Goiás, que registram um aumento significativo nos casos de câncer bucal.
Durante a entrevista com Rosangela Eduardo, a Dra. Juliane destacou que a região já enfrentou casos trágicos de câncer bucal que resultaram em óbito. Infelizmente, dos cânceres que afligem a população brasileira, o câncer de boca ocupa a décima posição, sendo o mais comum. Quando analisado por gênero, nos homens, ele sobe para a sexta posição em termos de incidência.
A especialista ressaltou que o câncer bucal tem afetado uma parcela significativa da população, enfatizando que, com o diagnóstico precoce, as chances de recuperação são expressivas. No entanto, um desafio enfrentado é a fase assintomática inicial, na qual o paciente muitas vezes não percebe os sinais alarmantes.
A Dra. Juliane enfatizou a importância da entrevista para disseminar informações cruciais sobre o assunto. Ela destacou que o diagnóstico precoce oferece impressionantes 95% de chances de cura, mesmo em estágios mais avançados, ressaltando a esperança que persiste mesmo nessas circunstâncias.
A profissional compartilhou os sintomas e sinais de alerta do câncer de boca, incluindo lesões que persistem por mais de 15 dias sem cicatrização, nódulos no pescoço, abaixo da língua e do queixo, além de lesões avermelhadas ou esbranquiçadas com mais de dois centímetros, geralmente indolores. A importância de estar atento a sinais como sangramento gengival sem causa aparente, cansaço inexplicável, desconforto, dificuldade de engolir e, nos estágios mais avançados, dificuldades respiratórias, fala comprometida e perda de peso inexplicável, foi enfatizada.
A Dra. Juliane salientou que, embora o câncer de boca atinja mais frequentemente a população masculina, é crucial que todos realizem o autoexame regularmente, busquem avaliação profissional e não descuidem da saúde bucal. A prevenção e a detecção precoce são fundamentais para combater esse grave problema de saúde pública, garantindo melhores perspectivas de tratamento e recuperação.