A Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de Goiás (Fessanta) realizou uma importante reunião nesta terça-feira, 1º de agosto, com o Secretário de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio. Na pauta do encontro estavam questões cruciais para a manutenção dos atendimentos e a qualidade dos serviços prestados pelas entidades filantrópicas associadas, que incluem a Associação de Combate ao Câncer em Goiás, as Santas Casas de Misericórdia de Goiânia e Anápolis, a Fundação Banco de Olhos da Capital e o Hospital do Câncer de Goiás Francisco Camargo.
Um dos pontos discutidos na reunião foi o processo de regulação dos pacientes de Goiânia e demais municípios goianos, buscando melhorias e soluções para agilizar o acesso aos serviços de saúde. Além disso, foi abordada a questão dos atrasos nos repasses dos recursos financeiros destinados às entidades filantrópicas que atuam complementarmente ao Sistema Único de Saúde (SUS), sob gestão municipal.
Apesar das transferências de recursos federais ou estaduais para o Fundo Municipal de Saúde, as entidades filantrópicas têm enfrentado recorrentes atrasos nos repasses, comprometendo a manutenção dos atendimentos prestados aos usuários do SUS e colocando em risco a sustentabilidade financeira das instituições.
A presidente da Fessanta e superintendente geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Irani Ribeiro de Moura, liderou a comitiva representando todas as instituições que compõem a federação. A Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), mantenedora do Hospital de Câncer Araújo Jorge, também esteve presente e relatou a situação preocupante em que se encontra. A instituição, que presta assistência integral a milhares de pacientes com câncer, depende significativamente dos recursos provenientes do SUS, porém, a remuneração da Tabela SUS é insuficiente para cobrir os custos dos procedimentos realizados. Somando-se a isso, os constantes atrasos de pagamento têm colocado em risco a continuidade dos serviços prestados.
A Fessanta, criada em agosto de 2022, representa as instituições de saúde filantrópicas de Goiás, responsáveis por um significativo número de leitos, consultas, internações e cirurgias, atendendo milhares de pacientes, a maioria deles dependentes exclusivamente do SUS.
Diante da gravidade da situação financeira enfrentada pelas entidades filantrópicas, a reunião com o Secretário de Saúde de Goiás se mostrou fundamental para buscar apoio e soluções que garantam a continuidade dos atendimentos de qualidade à população goiana. A expectativa é que, com a atuação conjunta entre as entidades e o poder público, seja possível superar os desafios e assegurar a assistência à saúde tão essencial à comunidade.
