A Rede Diocesana de Rádio discutiu a problemática da fome, após a divulgação do relatório das Nações Unidas que aponta o Brasil com 10 milhões de pessoas em situação de fome absoluta. O coordenador da Cáritas Paroquial de São Luís de Montes Belos, Targino dos Reis, opinou sobre a questão. Também alguns ouvintes que passam por dificuldades relataram suas situações vivenciadas e disseram o que precisa ser feito, de acordo com suas opiniões, para resolver o problema. Na quarta – feira, dia 12 de julho, foi divulgado que a insegurança alimentar atinge 21,1 milhões de pessoas no Brasil. O problema saltou nos últimos anos e se caracteriza pela falta de alimento para adultos e crianças. Já a insegurança alimentar geral, que vai desde a preocupação com o acesso a comida até uma redução do acesso entre adultos, atinge cerca de 70,3 milhões de pessoas no país – um terço da população. No mundo, esse contingente chegou a 2,4 bilhões de pessoas no ano passado. De acordo com nota divulgada pelo Jornal O Popular, a fome absoluta, atinge quase 10% de toda a população mundial, cerca de 735 milhões, e afeta 10,1 milhões de brasileiros. O índice é caracterizado por um problema crônico com efeito de desnutrição. Muitos analistas entendem que o Brasil produz grande quantidade de alimentos, mas exporta muito também e acaba não conseguindo atender a demanda, já que às vezes o país precisa importar. E alguns dizem que é preciso facilitar o acesso aos alimentos, por parte da pobreza, sem apontar caminhos. O coordenador da Cáritas Paroquial, Targino dos Reis, que trabalha diretamente com a pobreza monte – belense, entende que o problema no Brasil não é falta de alimento, pois, na opinião dele, mesmo exportando, o país consegue atender a demanda interna e ainda sobra produtos. “A questão é o baixo salário recebido por grande parte da população e a falta de compaixão dos milionários e bilionários que não dividem o pão,” diz. A ouvinte Ana Maria, que mora no Parque das Araras em São Luís de Montes Belos, relatou suas dificuldades pelo baixo salário e a burocracia que ela encontra para ser beneficiada pelo poder público. A moradora do Setor Montes Belos, Tânia, desabafou contra os políticos que não se preocupam em promover políticas públicas que resolvam a questão. Confira!