Goiás pode registrar mais mortes do que nascimentos em Abril

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De acordo com informações coletadas no Portal da Transparência do Registro Civil, em Goiás neste mês de março foram computados 6.685 (seis mil e seiscentos e oitenta e cinco) registros de óbitos emitidos, contra 7.202 (sete mil e duzentos e dois) registros de nascimentos emitidos. Já em abril o cálculo é de 3.370 (três mil e trezentos e setenta) registros de óbitos emitidos, contra 3.321 (três mil e trezentos e vinte um) registros de nascimento emitidos.

O presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais de Goiás (Arpen – GO), Bruno Quintiliano lamenta que estudos apontem que a população brasileira em abril pode ficar marcada por um fato inédito causado pela pandemia: pela primeira vez na história, o país pode registrar mais mortes do que nascimentos em um mês.

“Nos Cartórios temos sentido na prática esta diferença, com grande diminuição contínua dos nascimentos enquanto os óbitos dispararam e atingiram a maior marca da história de Goiás”, diz o presidente da Arpen-Goiás, Bruno Quintiliano. “O Cartório de Registro Civil foi um dos serviços essenciais, que não fechou em nenhum momento nesta pandemia, o que fez com que vivenciássemos na pele a realidade dura da pandemia que tem atingido tantas famílias brasileiras”, relembrou.

Brasil – alta no número de mortes em relação aos nascimentos

A alta no número de mortes no Brasil no mês de março provocou um fenômeno inesperado no país: a aproximação recorde entre os números de nascimentos e óbitos, que atingiu o menor patamar da série histórica do Registro Civil, iniciada em 2003. Com 182.852 (cento e oitenta e dois mil e oitocentos e cinquenta e dois) registros de óbitos emitidos, contra 231.088 (duzentos e trinta e um mil e oitenta e oito) registros de nascimento emitidos, o que equivale a 27%, e uma redução histórica de 72% desde o início da pandemia em março de 2020.

Neste mês de abril até a data de 19/04, já se computa no Brasil 96.603 (noventa e seis mil e seiscentos e três) registros de óbitos emitidos e 105.385 (cento e cinco mil e trezentos e oitenta e cinco) registros de nascimento emitidos.

Os dados constam do Portal da Transparência do Registro Civil base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticos do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

A diferença entre os dois atos já vinha caindo ao longo do tempo, mas acelerou vertiginosamente com a pandemia causada pelo novo coronavírus. Em 2003, no início da série história está diferença era de mais de 200%, baixando para 150% na década de 2010 e abrindo 2020 com diferença na casa dos 120%. Com o início da pandemia, baixou para 99% em março, caindo para 65% em julho, 57% em dezembro e agora chegando à menor diferença já registrada, 27%.

Dados de uma situação inédita em Goiás:

Óbitos – Março/202: 6.685 registros emitidos

Nascimentos – Março/202: 7.202 registros emitidos

Óbitos – Abril/202: 3.370 registros emitidos

Nascimentos – Abril/2021: 3.321 registros emitidos

Fonte:  Portal da Transparência – Registros