O Dia da Consciência Negra, celebrado nacionalmente em 20 de novembro, ganhou destaque especial em Iporá com uma programação diversa que envolveu escolas da rede estadual, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e a Comunidade Quilombola Pilões. As atividades, realizadas entre os dias 14 e 18 de novembro, mobilizaram estudantes do ensino fundamental ao médio e reforçaram a importância da valorização da cultura afro-brasileira e da luta histórica contra o racismo.
Escola Estadual Israel de Amorim realiza debates e desfile cultural
Na Escola Estadual Israel Amorim, alunos participaram de debates, oficinas, rodas de conversa e do tradicional Desfile Afro, que exaltou a beleza negra, a identidade e o cuidado com os cabelos crespos. A programação também abordou temas como autoestima, representatividade e combate ao racismo no ambiente escolar. A presença de especialistas e convidados fortaleceu as discussões e ampliou o espaço para que os estudantes compartilhassem vivências e reflexões.
UEG promove oficinas, exibição de curtas e reflexões acadêmicas
Na Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Oeste, a comunidade acadêmica participou de uma série de atividades, incluindo exibição de curtas-metragens, oficinas e diálogos sobre práticas antirracistas na educação, identidade negra e protagonismo de cientistas negras. Professores e pesquisadores conduziram debates com foco na educação étnico-racial e na desconstrução de estereótipos, ampliando o compromisso da instituição com o combate às desigualdades.
A força da ancestralidade na Comunidade Quilombola Pilões
O encerramento das celebrações ocorreu na noite de 18 de novembro na Comunidade Quilombola Pilões, onde cultura e memória se entrelaçam com a vida cotidiana. Em um ambiente marcado pela tradição, a comunidade recebeu moradores, estudantes e visitantes para uma Festa Cultural da Consciência Negra repleta de simbolismo.
A programação reuniu exibições dos documentários:
• Águas de Ébano – Histórias que Inspiram
• Quilombo Pilões – 100 anos de História e Luta
Os filmes destacaram trajetórias de resistência, pertencimento e preservação da identidade quilombola.
Em seguida, o público acompanhou o espetáculo de dança Fragmentos, apresentado por jovens da comunidade, e o recital do poema “Me gritaram negra”, que emocionou os presentes ao ecoar temas de orgulho, dor e afirmação.
Uma celebração que fortalece o futuro
Mais do que um evento cultural, o Dia da Consciência Negra em Iporá se consolidou como um momento de valorização das raízes e de diálogo sobre direitos, história e reconhecimento.
Na Escola Israel Amorim, na UEG e em Pilões, a mensagem foi a mesma: celebrar a identidade, combater o racismo e fortalecer a educação para a igualdade.
Na comunidade quilombola, onde “a memória pulsa e a ancestralidade dança com o vento”, como destacaram os organizadores, a celebração reforçou que a história negra está viva — e continua moldando o presente e o futuro.
A Festa Cultural ocorreu na sede da Comunidade Quilombola Pilões, em Iporá/GO, reunindo moradores e parceiros em um encontro marcado por orgulho, resistência e afeto.
