A última semana de maio trouxe uma mudança brusca no clima da nossa região. Uma massa de ar polar avançou pelo interior do Brasil e derrubou as temperaturas, provocando madrugadas geladas e dias com o ar ainda mais seco do que o habitual. Em cidades do Oeste Goiano, os termômetros chegaram próximos dos 8 °C — um cenário que exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
É verdade que o frio traz um certo encanto: aquele tempinho gostoso para ficar debaixo das cobertas, tomar um chocolate quente ou curtir um bom filme. Mas por trás desse clima aconchegante, o ar frio e seco típico da nossa região pode representar riscos silenciosos à saúde.
A combinação de temperaturas baixas com umidade relativa do ar abaixo de 30% favorece o ressecamento das vias respiratórias, o agravamento de quadros de rinite, sinusite, bronquite e até mesmo crises de asma. A pele e os olhos também sofrem, apresentando rachaduras, coceiras e irritações.
Além disso, com o frio, o corpo tende a reduzir a circulação periférica, o que pode intensificar dores musculares e articulares. Quem tem doenças como artrite ou fibromialgia sente com mais intensidade o impacto do clima. E para o coração, essa estação pode representar uma sobrecarga, especialmente para quem já tem problemas de pressão alta ou insuficiência cardíaca.
Para enfrentar esse período com mais tranquilidade, os especialistas recomendam: beber bastante água, mesmo sem sentir sede; evitar banhos muito quentes; usar hidratantes corporais; umidificar os ambientes; e manter uma alimentação equilibrada. Também é importante se agasalhar bem ao sair de casa e, se possível, manter o corpo em movimento com caminhadas leves ou alongamentos.
Por: Simões Filho (Foto: Reprodução)