Aparecido Eterno –
Jornalista da Rede Diocesana de Rádio
Esta coluna não tem a finalidade de promover pessoas politicamente, mas isso não impede de pessoas serem citadas nela quando são merecedoras. Após uma análise do que deu certo e do que não logrou êxito em São Luís de Montes Belos, percebi que nem sempre o bom profissional consegue grandes façanhas e, em contrapartida, alguns amadores se destacam e se mantêm na política.
Evidente que profissionais de outros seguimentos podem se destacar nessa área, como o atual prefeito, Major Eldecírio e o vice Júnior, que realizam uma administração bem avaliada pela população. Porém, já nos decepcionamos com excelentes pessoas e profissionais em áreas diversas que não foram felizes na política. Eu particularmente gostaria de vivenciar uma experiência de ter um profissional qualificado que fosse técnico e político ao mesmo tempo administrando o meu município. Certamente que existe um bom número de goianos nesse patamar, mas cito aqui apenas um exemplo de profissional da política, do planejamento e da estratégia que quando se candidatou a prefeito no ano de 2008 não conseguiu conquistar e convencer os eleitores nas urnas e, consequentemente, não foi testado em cargo eletivo.
Talvez por falta de popularidade, algo também essencial para ganhar votos. Foi ele o mentor de um trio elétrico improvisado, ainda nos anos 80, época em que não existia trio elétrico em nossa região. Ele disse que chamaria atenção do público um caminhão com caixas de som na carroceria e todo decorado e o locutor em pé entre as caixas pedindo voto para determinado candidato. Estava certo, pois quando o tal caminhão passava na rua os moradores saíam das casas para conferir a novidade. Foi ele quem soprou para o então candidato a prefeito João Cipó em 1988 que ele deveria apenas agradecer ao público que aguardava o seu discurso na Praça Marajó (hoje Praça da Bíblia).
Isso porque no momento da fala do candidato, começou a chover e as pessoas começaram a correr. O Cipó, que estava todo entusiasmado momentos antes com o bom número de simpatizantes presentes, ficou sem saber o que fazer (ou dizer) diante daquela situação inesperada. Foi ele quem elaborou uma boa apresentação de São Luís de Montes Belos para convencer representantes industriais de se instalarem no município. Foi ele quem no final dos anos 90, liderou um grupo com o objetivo de conseguir a instalação do curso de Zootecnia na então Fecil – Belos, hoje UEG – Câmpus Oeste.
Na época tínhamos na cidade apenas o curso de Pedagogia. Foi também ele o mentor do APL – Lácteo de nossa microrregião, da Copa do Mundo Oeste em 2006 e ainda de um grupo de monte-belenses que moram fora com o objetivo de cada um deles fazer sua parte em sua área de atuação com a finalidade de desenvolver São Luís de Montes Belos. Também fez parte do movimento União do Povo Pecuária de Novo, que trouxe de volta as exposições agropecuárias, após alguns anos sem o evento, no período em que o Parque Agropecuário Oscar Moreira se transferiu da região onde foi construído o Espelho D`água para as imediações do trevo que dá acesso à cidade de Aurilândia e o Sindicato Rural não conseguia concluir o novo parque. O cidadão que lembramos dessa vez é monte-belense de nascença e por motivos contingentes não conseguiu cativar os seus conterrâneos.
Na minha concepção, ele iria realizar uma administração mais profissional e menos populista. Aquela realidade mal sucedida me fez entender que não basta ser profissional técnico e político para obter êxito na política. E por esse raciocínio chego à conclusão de que o cidadão monte-belense mais preparado para ser prefeito de São Luís dificilmente ocupará a principal cadeira do Executivo Municipal. Menos mal que nas últimas décadas alguns prefeitos usaram da sabedoria e humildade e usufruíram de alguma coisa do que Benedito Cardoso Laureano tem a oferecer, buscando sua consultoria. Aliás, ele deveria ser o planejador vitalício da prefeitura. Imagino que isso garantiria sucesso aos nossos gestores.