Após quatro meses em que a Rede Diocesana de Rádio publicou uma análise feita por um de seus colaboradores, Aparecido Eterno, acerca de uma possível candidatura a deputado que represente a microrregião de São Luís de Montes Belos, os líderes políticos da região começam, neste mês de fevereiro de 2022, a se movimentar em torno da ideia lançada pelo cronista no início de outubro de 2021. Um dos líderes é o presidente da câmara de vereadores de São Luís, Joaquim Monteiro, que anunciou nas redes sociais o abandono de sua pré-candidatura a Deputado Estadual para apoiar uma possível candidatura do prefeito do município, Major Eldecíro da Silva. Outros cinco vereadores acompanham o presidente nesse apoio: Onilton Vaz, Danilo Felício, Maria José, Régio do Gás e Junio Guerra. Esse foi o principal assunto discutido pelos internautas da região nessa primeira semana do mês. A maioria deles demonstrou apoio à ideia. Relembre o conteúdo da crônica escrita num momento em que não existiam ainda discussões públicas em torno dessa possibilidade:
Opinião de Aparecido Eterno
Será que desta vez vai?
São Luís de Montes Belos só conseguiu ter deputado residente na cidade por uma vez. Waldemir Xerife foi eleito em 1990. Depois de ter administrado o município por 6 anos e realizado uma gestão inovadora e de parcerias com prefeitos vizinhos, Xerife recebeu uma votação expressiva. Talvez pelo empenho da grande maioria das lideranças regionais em prol daquela eleição do Xerife, foi criada uma expectava gigantesca em torno de resultados concretos para a região o fato de ter alguém da terra dos Montes Belos no Legislativo Goiano. Como esses resultados não contemplaram as expectativas, houve decepção por parte de alguns apoiadores. O próprio ex – deputado disse certa vez, em entrevista à Rádio Vale da Serra, que como prefeito ele tinha mais poder do que como deputado e que no primeiro cargo conseguiu produzir mais frutos para a população. Por conta dessa experiência, alguns analistas chegaram a dizer que nem sempre uma região se desenvolve pelo fato de ter deputado, entendendo que a microrregião de São Luís teve momentos de conquistas marcantes e sem ter deputado. Contudo, é notório que as regiões mais ricas do Estado sempre tiveram representantes na Assembleia Legislativa e até na Câmara Federal. A sociedade é sabedora que esse discurso ganha força sempre no ano que antecede as eleições estaduais. Porém, no início da campanha, aquele que se coloca como candidato não consegue aglutinar as lideranças e diversos candidatos de outras regiões acabam sendo apoiados por vereadores e outros líderes e os votos são divididos. Esse filme foi visto por João Pessoa, Valter Costa, João Cipó, Adão Ferreira, Ivon dos Santos, Joaquim Monteiro, Zete Maia, Antônio Machado, Jessé de Almeida, Eliseu Ribeiro, João Prudente, Joaquim Pimenta, Hamilton de Brito, Sargento Jenyslane e Alex dos Garis. Só o município de São Luís possui aproximadamente 23.000 eleitores. Se todos eles resolvessem apoiar uma candidatura local, que conquistasse votos também nos municípios vizinhos, esse projeto seria vitorioso. O mais complicado parece ser as lideranças usarem a humildade para definir um nome de consenso, haja vista que nas reuniões que ocorrem para tratar do tema todos os participantes defendem a união, mas desde que seu próprio nome seja o escolhido. Percebo bons nomes de São Luís sendo ventilados para tentar uma cadeira na assembleia no próximo ano. Resta saber se eles estão dispostos a abrir mão dos projetos pessoais em prol de algo coletivo liderado por alguém com mais chance de conseguir o feito de Waldemir Xerife. E pelo que se desenha, se fosse hoje a definição desse nome e eu tivesse poder de decisão, o nome que eu defenderia, a um ano das eleições, seria o do Major Eldecírio da Silva. Defendo essa tese pelos seguintes motivos: Ele conseguiu se reeleger como prefeito enfrentando a maioria das forças políticas de São Luís de Montes Belos construídas nas últimas três décadas, recebendo uma votação expressiva de 53,86% dos votos válidos; o prefeito demonstra maturidade depois de um primeiro mandato que teve sua primeira metade bem conturbada, ora por problemas com a justiça eleitoral, ora por denúncias de supostas irregularidades cometidas por membros de sua equipe. Ele conseguiu “arrumar a casa” e “dar a volta por cima” na segunda metade do mandato assumindo o papel de um líder que transmite segurança para a população monte – belense; o Major é um político de fácil acesso; o último motivo é que ele conta com um vice-prefeito atuante. Júnior da Receita demonstra dar conta do recado, se for preciso assumir o comando do município. Para mim, esse é o nome e o momento é agora. A concretização ou não desse projeto vai depender da postura dos outros interessados numa candidatura local, das demais lideranças do município e dos prefeitos das cidades vizinhas. Também resta saber se o prefeito – major toparia correr esse risco, renunciando ao cargo que ele tanto sonhava ocupar. Na minha modesta opinião, se houver essa combinação que relatei, desta vez vai.