Suspensão de Autorização para Corte de Árvores em Iporá: Medida Causa Controvérsias e Traz Preocupações

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Iporá, 22 de agosto de 2023 – Um anúncio da Prefeitura Municipal de Iporá sobre a suspensão das autorizações para corte de árvores e supressão de vegetação nativa para áreas rurais e urbanas tem gerado debates e preocupações. A medida, adotada em consonância com a resolução CEMAm nº 266 de 31 de julho de 2023, determina que essas autorizações passem a ser analisadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMAD) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

O prefeito Naçoitan Leite de Iporá expressou suas preocupações e desacordo em relação a essa mudança em uma conversa com nossa equipe. Segundo ele, a medida é uma exigência do Ministério do Meio Ambiente, da qual ele discorda veementemente. O prefeito explicou que, a partir de agora, qualquer pessoa que queira realizar atividades como limpar áreas para pastagem precisará passar por um processo moroso de aprovação pelos órgãos ambientais, um procedimento que pode durar até cinco anos até que uma decisão final seja alcançada.

O gestor de Iporá acredita que a produção agrícola local será prejudicada por essa medida, argumentando que na região ninguém está envolvido em desmatamento, mas sim em utilizar áreas já degradadas. Ele classifica a medida como desnecessária, considerando que a comunidade local já tem um histórico de respeito ao meio ambiente.

A medida emitida pela Prefeitura suscitou opiniões diversas entre os cidadãos, ambientalistas e especialistas. Enquanto alguns aplaudem a atitude como uma forma de assegurar a preservação do meio ambiente, outros compartilham a apreensão do prefeito sobre os possíveis impactos econômicos, especialmente para os agricultores locais.

A resolução CEMAm nº 266 busca alinhar as práticas locais com as diretrizes nacionais para a conservação ambiental e a sustentabilidade. A medida visa conter o desmatamento e garantir o uso responsável dos recursos naturais. A decisão da Prefeitura, apesar de causar controvérsia, reflete o desafio constante de encontrar equilíbrio entre desenvolvimento econômico e proteção do meio ambiente.

As discussões sobre os impactos dessa medida e suas implicações para a região e o meio ambiente continuam em pauta.

Em nota, Sindicato Rural de Iporá, Diorama e Israelândia também contestou medida: O Sindicato Rural de Iporá/Diorama/Israelândia lamenta e repudia essa decisão.

Entendemos que a preservação das áreas de vegetação nativa tem muita importância e valor, devendo assim realmente permanecer intactas.
Porém, haverá novamente a dificuldade em obter a licença e o acesso ao órgão, uma vez que aqui estava mais próximo do produtor rural.