A cidade de Iporá, situada no interior de Goiás, vive momentos de tensão e incerteza devido à polêmica envolvendo o prefeito Naçoitan Leite. O gestor encontra-se em local desconhecido pelas autoridades que o buscam para cumprir um mandado de prisão, expedido após ele invadir e efetuar 15 disparos na residência de sua ex-esposa, isso até esta data 22 de novembro..
Nas redes sociais, um áudio divulgado pelo próprio prefeito revela que ele assume a responsabilidade pelo erro cometido. Enquanto isso, sua defesa tenta cassar o habeas corpus, já negado pelo Superior Tribunal de Justiça de Goiás (STJ-GO).
A crise política atingiu seu ápice nesta quarta-feira, 22/11/2022, quando o plenário da Câmara Municipal estava lotado para testemunhar um pedido de afastamento do prefeito e a subsequente posse da vice-prefeita Maysa Peres. No entanto, o requerimento foi rejeitado pela presidência da casa, que recebeu orientação da assessoria jurídica de que a medida seria inconstitucional.
O plenário, repleto de servidores municipais comissionados e alguns de carreira, se dividiu entre vaias e aplausos às ações dos vereadores. Heb Keller, presidente da Comissão Especial de Inquérito e autora do pedido de afastamento, solicitou a suspensão da sessão para consultar advogados sobre a resposta da assessoria jurídica, que não acatou seu requerimento.
Surpreendentemente, o vereador Samuel Queiróz, considerado parte da base de sustentação do prefeito, votou a favor da instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI). No entanto, ele alertou que o pedido de afastamento era uma estratégia equivocada.
Enquanto o paradeiro do prefeito permanece desconhecido, as estratégias políticas estão em pleno curso, com a oposição aparentemente conquistando a adesão de muitos apoiadores do gestor. A cidade de Iporá aguarda ansiosamente o desenrolar dessa crise, que tem impacto não apenas na esfera política, mas também na segurança e estabilidade da comunidade local.
