A expectativa cresce à medida que o Ministério de Minas e Energia se prepara para anunciar, na próxima quarta-feira, 16 de outubro, a possível reintrodução do horário de verão no Brasil. O tema é cercado de controvérsias, especialmente após a pesquisa do Datafolha, que revelou que 47% dos brasileiros são contra a volta da medida, enquanto outros 47% a apoiam, demonstrando uma clara divisão de opiniões.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que o retorno só será considerado se realmente imprescindível. “Isso que estou fazendo é serenidade, equilíbrio, diálogo. Se não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso”, afirmou em entrevista a jornalistas. Essa abordagem tem como objetivo garantir que qualquer decisão sobre o horário de verão esteja fundamentada em uma análise cuidadosa, evitando ações precipitadas.
A reintrodução do horário de verão é frequentemente associada à redução do consumo de energia elétrica. A medida permite que a população aproveite melhor a luz solar, diminuindo a necessidade de iluminação artificial nos horários de pico. Essa prática tem o potencial de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, especialmente em períodos de alta demanda.
A medida ainda é vista como uma estratégia de eficiência energética, já que muitos países ao redor do mundo, principalmente na Europa e na América do Norte, adotam o horário de verão como uma forma de otimizar o uso de energia. O governo brasileiro, portanto, considera a implementação do horário de verão não apenas uma questão de conforto, mas também uma política pública que visa a sustentabilidade.
Conforme a pesquisa do Datafolha, a rejeição ao horário de verão aumentou ao longo dos anos. Em 2017, 58% dos entrevistados apoiavam a medida, enquanto apenas 35% eram contrários. A mudança na percepção do público reflete um contexto mais amplo de preocupações sobre a eficácia do horário de verão em um Brasil que enfrenta desafios climáticos e energéticos.
A pesquisa mencionada, realizada pelo Datafolha entre 7 e 8 de outubro, de 2024, envolveu 2.029 pessoas em 113 municípios brasileiros e destacou a divisão de opiniões sobre o retorno do horário de verão.