Prefeito de Iporá denuncia corte de energia como retaliação política

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Nesta sexta-feira, 04 de outubro de 2024, o prefeito de Iporá, Naçoitan Araújo Leite, se pronunciou sobre o corte no fornecimento de energia elétrica na sede da prefeitura e em outros órgãos municipais. Em entrevista, o gestor expressou indignação com a situação e sugeriu que a medida tem caráter político, visto que ocorre às vésperas das eleições.

Naçoitan explicou que a dívida com um fornecedor de energia remanescente à gestão anterior, quando o município era administrado pelo PMDB. “Quando assumi a prefeitura, a dívida estava em R$ 25 milhões, apurada durante a venda da CELG S/A para a ENEL”, declarou o prefeito.

Ele destacou que o município realizou os pagamentos, e a dívida foi reduzida para cerca de R$ 7 milhões antes da transferência da entrega para a Equatorial,
O prefeito relatou que, sob sua gestão, a dívida caiu para R$ 3,7 milhões e que foi feito um reparcelamento desse valor. No entanto, segundo Naçoitan, um erro no processo de assinatura do convênio resultou no pagamento incorreto das parcelas, levando à suspensão do pagamento e o consequente corte do fornecimento de energia.

“Estávamos aguardando que eles assinassem o convênio, mas, em função disso, cortaram a energia”, explicou
Questionado sobre uma possível nova renegociação, Naçoitan afirmou que no momento não há tratativas em andamento, mas que aguarda a homologação do acordo pelo departamento jurídico. O prefeito insinuou que a medida pode estar relacionada a uma multa de R$ 10 milhões que foi aplicada por conta de incêndios na reserva ambiental do Morro do Macaco.

“Isso é uma retaliação. Não sou eu o responsável pelos incêndios”, tenho que aplicar a multa, disse Naçoitan também informou que, caso a situação persista, pretende acionar a justiça com um pedido de liminar para reverter o corte. “Se essa situação continuar, entraremos com um pedido na justiça ainda hoje, a partir do meio-dia”, garantiu o prefeito.

Em nota, a Equatorial Goiás se manifestou sobre o episódio, alegando que a suspensão do fornecimento de energia ocorreu em conformidade com a resolução 1.000/2024 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A agência afirmou que há subsídios em aberto e que, após várias tentativas frustradas de negociação, foi obrigada a executar o corte. A empresa reiterou que continua à disposição para prestar esclarecimentos e orientações