Tudo em excesso, por mais positivo que seja, faz mal. E quando trata – se de algo que faz mal a outras pessoas é pior ainda. Só para citar alguns exemplos, podemos lembrar do alcoolismo que faz mal à própria pessoa e aos filhos e cônjuge que sofrem as consequências; o falar muito que cansa quem ouve; o fanatismo em pessoas que pregam a Palavra de Deus em detrimento da própria Palavra e do próprio Deus. Acontece até de cometermos o absurdo de lotarmos igrejas porque vem nela um padre midiático e não irmos à Igreja quando está lá o nosso pároco. Sendo que é ele quem pode fazer por nós o que precisamos. É ele que está sempre à nossa disposição. Ou o famoso fala sempre com você, sabe o seu nome e se preocupa contigo? Não é plausível supervalorizarmos um evento religioso por causa de uma pessoa famosa. E não podemos também imaginar que Deus só age num lugar em que há multidão. Às vezes ele age mais em momentos simples e até em pequenas capelas. Temos até a mania de mandarmos dinheiro para grandes santuários e não ajudarmos nossa comunidade, nossa própria paróquia. É onde estamos que podemos acompanhar como é aplicado cada valor que é doado para a manutenção de nossa paróquia. Mas, lamentavelmente, o fanatismo também chegou na Política. O atual momento tem nos mostrado muitos exemplos praticados pelos extremistas, sejam da direita, sejam da esquerda. Ambos os grupos só enxergam uma pessoa capaz de resolver os nossos problemas. E imaginam que tudo do seu lado é o certo e tudo do outro lado não presta. Os extremistas entendem que quando alguém diz não votar no candidato deles é porque vai votar no candidato do outro grupo extremista. Mas ainda bem que existem as pessoas lúcidas, que sabem dialogar e percebem que existe outro caminho além desses dois. E é nesse terceiro grupo que eu me incluo. Não gosto da conduta de nenhum desses políticos que representam os dois extremos. Estou no cento e sonho voltarmos a ter um candidato que represente a união, a paz e o bom senso. Quero ter a oportunidade de votar nesse candidato em 2026. Seja da direita, seja da esquerda, eu quero alguém lúcido e que fale bem de si, ao invés de ficar só falando mal do adversário. Precisamos acabar com esse mal que é a desunião dos brasileiros que só piora nossa situação, inclusive econômica. Precisamos de um candidato que junte as boas ideias da direita com as boas ideias da esquerda e jogue fora o que há de ruim nos dois extremos. Que consigamos ter um governo respeitoso, de diálogo e de credibilidade, como tivemos em meados dos anos 90 com o saudoso Itamar Franco na Presidência da República. E como bairrista que sou, espero que o goiano Ronaldo caiado consiga quebrar esse paradigma. Por mais que eu discorde de algumas atitudes dele como governador. Ter trazido gente de fora para compor seu secretariado é uma das decisões que sou totalmente contra. Mas como não vou encontrar ninguém sem defeitos, entendo que Caiado seja melhor do que os dois que agradam os extremistas à direita e à esquerda. Como eu disse no início, o fanatismo sempre faz mal, inclusive quando é praticado por pessoas radicais, ou melhor, sectárias.
Aparecido Eterno
Jornalista da RDR