Como fica a convivência a partir de agora?

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Já se passou o período eleitoral nas cidades interioranas, mas a alegria dos que se consideram vencedores, por verem seus candidatos eleitos, e a tristeza daqueles que lamentam a não eleição de seus candidatos preferidos, ainda permanecem expostos no semblante das pessoas. Será que esses sentimentos são tão importantes, ao ponto de alguém imaginar que agora tudo será bom, ou que agora tudo será ruim? Pode ser que para quem comemora seja mesmo melhor, pois terá um cargo de confiança. E pode ser que quem esteja triste é por não ter mais o seu cargo na prefeitura ou na câmara. Mas de repente é a oportunidade que essa pessoa terá de demonstrar seu talento em alguma profissão na iniciativa privada. Qual o motivo de querer ficar só no serviço público? Imagino não ser o fim do mundo e que seja desnecessário esse lamento. Vida que segue… mas quero abordar outra questão que de 2018 para cá vem aumentando cada vez mais, que é a desavença entre amigos e parentes na convivência pessoal e nas redes sociais, tudo por conta de uma tal polarização. A intolerância política tem se manifestado em uma multidão de pessoas que a gente considerava polidas e simpáticas. A democracia diz que eu posso ter minha posição, mas sem implicar com alguém que tenha uma visão diferente da minha. E diante da realidade dos últimos tempos, parece que essa democracia está em desuso. A cada eleição que passa assistimos mais ataques entre eleitores que acabam estragando amizades de décadas. Mas não podemos culpá – los, até porque os próprios candidatos estão se confrontando de forma bélica. E agindo assim, eles motivam os cidadãos comuns a também agirem desta forma. Muito triste essa situação. É chegada a hora de dar um basta nessas intrigas. E essa medida precisa começar por nós mesmos. Que tal começarmos a fazer nossa parte para termos de volta a boa convivência de outrora!

Aparecido Eterno – Jornalista da RDR

Foto: recantodatiacecilia