No último final de semana, o prefeito de Iporá, Naçoitan Araújo Leite, utilizou as redes sociais para incitar os pecuaristas a tomarem uma posição firme contra as empresas frigoríficas que atuam na compra, abate e revenda de bovinos e outros produtos do setor agropecuário.
O líder do executivo de Iporá expressou sua insatisfação com o cenário atual, que ele considera altamente desfavorável aos pecuaristas. Na mensagem, ele orienta uma estratégia a ser adotada pela comunidade rural.
Em suas palavras, o prefeito afirmou: “Bom dia a todos, amigos e amigas, produtores rurais ou não. Ao observar a situação do agronegócio, é evidente que grandes grupos como JBS, JBJ e Minerva lideram a indústria de proteína animal não apenas no Brasil, mas em toda a América do Sul. Isso faz com que os pecuaristas trabalhem arduamente para enriquecer ainda mais esse grupo, inclusive Joesley e Wesley, que estiveram envolvidos em escândalos como a operação Lava Jato.”
Araújo Leite prosseguiu, argumentando que é necessário um esforço conjunto para enfrentar essa situação: “Hoje, a crise afeta a todos, e se não nos unirmos para enfrentar esses frigoríficos em todo o Brasil, não deixando que abatam nenhum animal, veremos uma mudança, pelo menos para igualar ou melhorar a situação do ano passado. Não podemos mais aceitar o monopólio da JBS, que é apoiado pelo BNDES. É urgente que nos unamos diante dos frigoríficos, pois, embora os produtores nem sempre estejam unidos no campo, é na porta dos frigoríficos que podemos fazer a diferença.”
Ele concluiu sua mensagem com um apelo emocional: “Por favor, amigos, vamos marcar um dia e ir para a porta das empresas como a JBS. Caso contrário, seremos prejudicados com a carne mais barata do mundo, enquanto eles vendem nossos produtos a preços exorbitantes, rindo de nós. Chegou a hora de nos unirmos e nos mostrarmos como homens e mulheres de respeito e trabalho.”
O pronunciamento do prefeito Naçoitan Araújo Leite levantou debates sobre o impacto das grandes corporações no setor agropecuário e a necessidade de ações coletivas para proteger os interesses dos produtores locais. Ainda não está claro se essa convocação resultará em manifestações e ações concretas por parte dos pecuaristas.
