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Cuidado com quem está por perto!

Escrito por em 22 de março de 2023

Aparecido Eterno – 

Jornalista da Rede Diocesana de Rádio

 

Ao dizermos algo precisamos analisar se aquilo não ofende alguém e observar se tem cidadão estranho ao redor. E quando a pessoa que vai falar é um político, esses cuidados precisam ser redobrados. Haja vista que uma fala sem esse tipo de preocupação pode provocar estrago, e votos podem ser perdidos nas eleições futuras.

Desta vez cito um fato verídico envolvendo o conhecido Rafael Pereira da Silva, ou Rafael da Prefeitura, ou ainda Rafaelzinho da Rua São Domingos. Há vários anos, ele estava em uma clínica da capital com o objetivo de passar por uma cirurgia nos olhos.
Enquanto aguardava pelo atendimento, dois homens dialogavam nos bancos detrás. E eles falavam de assuntos envolvendo a política e a ingenuidade dos eleitores. Após quase 15 minutos de prosa um dos interlocutores lascou essa: ¨numa cidade como São Luís de Montes Belos se a gente disser que irá mudar a capital do estado pra lá é capaz dos moradores acreditarem, kkkkk!”

O Rafaelzinho da Rua São Domingos não titubeou e olhou para trás já reconhecendo o camarada, que era um deputado federal por vários mandatos. E que, por incrível que pareça, Rafaelzinho já havia votado no danado. O morador de São Luís só o questionou se ele seria mesmo o deputado fulano de tal. Com a resposta positiva acompanhada de um “muito prazer em te conhecer” e a indagação de qual seria o seu nome, nosso amigo se apresentou dizendo que concordava com o que diziam o deputado e seu amigo, pois o povo monte–belense era mesmo ingênuo, inclusive ele próprio. A prova é que ele já havia votado naquele deputado que fazia chacota dos eleitores. Rafaelzinho falou com voz trêmula, pois ficou muito nervoso.

Por essa razão a cirurgia nos seus olhos teve que ser adiada. Mas o deputado fulano de tal perdeu o jeito de ir embora da clínica e com o término do mandato ele disputou outros cargos eletivos, inclusive nas eleições de 2022, mas nunca mais conseguiu se eleger. Na minha próxima conversa com o Rafaelzinho, quero questioná–lo se ele jogou praga naquele político para ele não obter mais êxito nas urnas.

Tenho essa desconfiança, pois até então aquele político nunca havia perdido uma eleição. E olha que foram várias para deputado estadual e federal. Será que o Rafaelzinho conseguiu acabar com a carreira política dele? Mas também quem mandou o ex–deputado curtir com a gente? Se o meu amigo me confirmar que foi mesmo capaz dessa façanha, vou pedi–lo para colocar mais alguns nomes na lista para encerrar a carreira política.


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